terça-feira, 30 de novembro de 2010

Será Advento da 3º Guerra Mundial?

Coreia do Sul promete vingar morte de soldados atingidos em bombardeio


A Coreia do Sul realizou neste sábado o funeral das duas vítimas militares mortas no ataque norte-coreano da última terça-feira com pedidos de vingança, enquanto cresce a tensão na região diante do início neste domingo das manobras navais conjuntas entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul.


Diante dos familiares, oficiais militares e políticos despediram-se neste sábado em uma emotiva cerimônia do sargento Seo Jeong-woo, de 22 anos, e o cabo Moon Kwang-wook, 20 anos, enquanto a Coreia do Sul prepara-se para dar início as manobras militares criticadas por Pyongyang e seu aliado chinês.
Na celebração religiosa, transmitida em todo o país, era possível escutar vozes de oficiais e soldados pedindo vingança pela morte dos dois soldados no ataque de 23 de novembro à ilha de Yeonpyeong, no qual também morreram dois civis sul-coreanos.

"Nós certamente vingaremos suas mortes", declarou Yoo Nak Joon, chefe de estado-maior da Marinha sul-coreana com a foto dos soldados mortos.
A Coreia do Sul prepara-se para iniciar neste domingo manobras conjuntas com os Estados Unidos em resposta ao ataque norte-coreano que as forças americanas garantiram que já estavam planejadas e que anunciaram no dia seguinte do ataque norte-coreano à ilha de Yeonpyeong.

Os exercícios navais conjuntos, uma demonstração de força diante da Coreia do Norte em uma área especialmente delicada, contarão com a presença do porta-aviões nuclear "USS George Washington", procedente do Japão, com 6.000 oficiais e 75 caças de combate a bordo.

A China expressou preocupação com os exercícios e defende que os mesmos não contribuem para reduzir a tensão na região, enquanto Washington pressiona para que Pequim deixe de proteger seu aliado norte-coreano.
Apesar de a presença militar concentrar-se próximo a cidade de Taean, em uma região do Mar Amarelo a cem quilômetros da ilha de Yeonpyeong, a Coreia do Norte advertiu na sexta-feira que as manobras levam à Península de Coreia à beira da guerra.

CATÁSTROFE
Neste sábado, o jornal pró-norte-coreano "Choson Sinbo" detalha que as manobras previstas para ocorrerem entre domingo e quarta-feira com a participação de dezenas de navios de guerra podem provocar "uma situação catastrófica".
O comando das forças dos EUA na Coreia do Sul, com 28,5 mil soldados americanos permanentes no país asiático, expressou que as manobras têm "natureza defensiva".

A Junta de Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul indicou que os exercícios utilizarão fogo real, embora as embarcações não serão dirigidas ao norte, perto da instável fronteira marítima entre as duas Coreias no Mar Amarelo.

O Exército da Coreia do Sul está vigiando as atividades militares da Coreia do Norte no litoral e detectou que as baterias de artilharia do regime comunista estão prontas para combate, como informou a agência sul-coreana "Yonhap".

O Ministério de Assuntos Exteriores chinês expressou sua preocupação pela atual situação na península e pediu "calma e moderação" às duas Coreias, enquanto advertiu que se opõe a "qualquer operação militar sem permissão em sua área econômica exclusiva".

Os Estados Unidos informaram por meio de seu chefe do Estado-Maior Conjunto, Mike Mullen, que a China deve concentrar-se nos "pontos fracos" de seu aliado e deixar de pensar que o líder norte-coreano Kim Jong-il é "controlável".

PRESSÃO
Coreia do Sul e os EUA indicaram que o Governo chinês não deve preocupar-se com as manobras deste domingo e tentam pressioná-lo a deixar de apoiar a Coreia do Norte, após o incidente de Yeonpyeong, o primeiro ataque com artilharia sobre solo sul-coreano e à população civil desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953).

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, realizou neste sábado uma reunião de segurança para estudar contramedidas conjuntas e coordenadas diante de uma possível provocação da Coreia do Norte durante as manobras.
Segundo a agência "Yonhap", Lee considerou possíveis sanções contra o regime de Kim Jong-il pactuada com a comunidade internacional.
Em plena deterioração das relações entre as duas Coreias, a agência "Yonhap" revelou neste sábado que Seul levantou a hipótese de voltar a considerar o regime de Pyongyang como seu "principal inimigo" na próxima publicação de seu livro branco de Defesa, algo que não ocorre há seis anos. 
 
Fonte: Folha.uol

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